Cadeia de Valor
Origem:
Em 1947 Lawrence D. Miles criou e introduziu a técnica da Análise de Valor, identificando, clarificando e separando os custos que têm e os que não têm relação com os clientes. Consiste em decompor um produto ou serviço nas suas funções principais e, em seguida, delinear as soluções organizacionais mais apropriadas para reduzir os custos de produção. Implica numa análise detalhada do valor criado pela organização, através da distribuição dos custos totais de um produto ou serviço, pelas suas diferentes etapas: concepção, produção ou desenvolvimento, venda, distribuição e serviço aos clientes. Este conceito deu origem às noções de Cadeia de Valor, acrescida do produto ou serviço e de valor para o acionista cuja autoria pertence a Alfred Rappaport.
Cadeia de Valor – Definição:
Definição 1 – Cadeia de Valor – Designa a série de atividades relacionadas e desenvolvidas pela organização para satisfazer as necessidades dos clientes, desde as relações com os fornecedores e ciclos de desenvolvimento e venda, até a fase da distribuição para o consumidor final. Cada elo dessa cadeia de atividades está ligado ao seguinte. Esta é uma metodologia sistematizada e popularizada por Michael Porter, que permite decompor as atividades (divididas em primárias e de suporte) que formam a cadeia de valor.
As atividades de valor, portanto componentes da Cadeia de Valor, podem ser classificadas em três grupos essenciais:
Processos Primários
Processos de Suporte
Algumas organizações destacam um terceiro grupo, dos processos de apoio, ligados à Gestão.
Processos de Gestão
Dentro de cada classificação, os processos vão sendo detalhados ou desdobrados, em partes menores e assim representados em diagramas subordinados aos superiores, constituindo assim os níveis de detalhamento dos processos da Cadeia de Valor.
Abaixo amostra de desdobramentos dos processos na Cadeia de Valor (em níveis):
- Amostra – Cadeia de Valor
- Amostra – Cadeia de Valor – primeiro desdobramento
- Amostra Cadeia de Valor – segundo desdobramento
Algumas lembranças relativas à documentação de uma Cadeia de Valor:
- Se a organização não tem cadeia de valor, o mapeamento dos processos tende a ser feito por área (processos da área), um erro grosseiro de concepção do trabalho.
- O número de processos de uma arquitetura não tem qualquer relação com a importância de uma organização.
- Nos trabalhos de estruturação e documentação da Cadeia de Valor, solicite aos entrevistados que apresentem uma visão geral dos produtos e principais atividades realizadas pela organização para gerá-los. Faça um exercício de abstração, solicite que descrevam todas as atividades da organização e procurem esquecer que existem áreas, ou departamentos.
- Uma visão cada vez mais praticada é a “de” – “até” de cada processo, que mostra onde se inicia, toda cadeia e onde a mesma se encerra. Esta visão é também chamada “Ponta-a-ponta”. Amostras desse tipo de tratamento pode ser encontrado, através de softwares de busca, com as denominações:
“Order to Cash”, no caso de venda e, Order to Pay, no caso de compra.
- Um elenco de todos os produtos/serviços gerados pela organização auxilia a identificação dos processos. Eles existem para gerar esses produtos/serviços.
Aplicações para a Cadeia de Valor:
- Propiciar uma visão global de processos da organização – como ela é vista, segundo os seus processos (processograma). Esta visão é análoga ao índice de um livro, sendo que as páginas do livro são os fluxos detalhados dos processos.
- Vincular / Ligar os processos com os objetivos estratégicos da Organização.
- Atribuir responsabilidade de prestação de contas para melhoria e gerenciamento dos processos, segundo a visão ponta-a-ponta.
- Navegação entre os níveis – desde o mais alto nível da Cadeia de Valor, até o fluxo detalhado do processo (dependendo da ferramenta usada para a modelagem) – chamado drill down.
Recomendação Importante: O mapeamento de processos deve ser um ato seguinte à estruturação da cadeia de valor – chamado trabalho Top Down. Cada fluxo de trabalho, que represente um processo, deve ter o seu correspondente elemento macro na cadeia de valor. Em outras palavras, não se deve começar o trabalho de mapeamento detalhado de processos, sem a Cadeia de Valor.
Cadeia de Valor é uma etapa fundamental na implementação de BPM, e assim, um mecanismo de avaliação e melhoria de Processo.
Este texto é apenas um resumo do Tema, para proporcionar uma breve ideia do seu conteúdo. Caso você queira se aprofundar mais no assunto e aprender o passo a passo de como implantar BPM efetivamente, confira o conteúdo do nosso Curso Online – Formação de Analista de Processos
Cordialmente,
Pedro Mello ./
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